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Thiago Pitbull tem algumas lições para as novas gerações

Brasileiro faz a luta co-principal do UFC Pittsburgh neste sábado (16)


A primeira aparição de Thiago Alves no octógono foi contra Spencer Fisher em outubro de 2005.
E apesar de ele ainda estar perto de comemorar seu 34º aniversário, não há como negar que o meio-médio brasileiro é um veterano do esporte e um dos poucos remanescentes no plantel do UFC cuja chegada e ascensão se deram imediatamente após o primeiro TUF, que transformou o esporte há pouco mais de uma década.
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Para efeitos de comparação, o homem que ele enfrentará no próximo sábado em Pittsburgh, Mike Perry, tinha 10 anos de idade quando Thiago se profissionalizou, e estava a alguns anos de poder dirigir quando o brasileiro pisou no octógono pela primeira vez.
Enquanto Thiago surgiu em uma era definida por verdadeiros funcionários do esporte com quem ele dividiu o cage ao longo dos anos - veteranos cascas-grossas como Fisher, Jon Fitch, Chris Lytle - e os competentes reinados de Matt Hughes e Georges St-Pierre, Perry é de uma geração completamente diferente, uma que o brasileiro não compreende e tem dificuldades para enxergar como o futuro do UFC.
“É triste ver que essa é a nova geração de lutadores de MMA”, disse Thiago sobre os atletas que cultivam o engajamento nas redes sociais e se tornam personalidades como forma de subir nos rankings, “Fico um pouco chateado porque em alguns anos, quando eu tiver que me aposentar, isso é o que será do futuro - todos esses caras soberbos que ainda não conquistaram nada”.

Como muitas pessoas, Thiago aponta o sucesso de Conor McGregor como o modelo do que Perry e outros tentam seguir, apesar de muitos aparentemente estarem se esquecendo de uma importante peça do quebra-cabeças.
“Não é apenas falar - você precisa fazer, ter a personalidade e tudo mais”, disse, apontando que o “Notório” cumpriu muitas de suas promessas e entregou empolgação sempre que pisou no octógono, “Muitas pessoas hoje pensam ‘Se eu falar muito e conseguir vencer, então vou ganhar dinheiro e tudo mais’. Elas esquecem que esse é o negócio mais difícil que existe - você precisa fazer por merecer toda vez que estiver aqui”.
Apesar de Thiago não ter nenhum problema real com a maneira como Perry usa as redes sociais para se promover e se valorizar para a luta co-principal que eles farão neste final de semana, ele achou ofensiva a maneira como o norte-americano agiu após seu nocaute sobre Jake Ellenberger em abril.
Com um minuto no segundo assalto, Perry saiu do clinch e conectou uma poderosa cotovelada no queixo de Ellenberger, mandando o veterano direto ao solo. Após limpar o sangue do nariz, ele fez uma rotina de dança no meio do octógono, terminando em uma posição em que observava os médicos cuidarem de seu oponente.
“Acho que falo por provavelmente 99% da comunidade do MMA - ninguém gosta desse cara”, disse Thiago quando perguntado sobre a celebração da vitória de Perry, “É a escolha dele, é como ele quer se vender e isso é com ele e sua equipe. Não me preocupo com o que ele faz, mas isso definitivamente me motiva um pouco mais para acabar com ele, com certeza”.
E pelo que viu de Perry até agora no UFC, o brasileiro não está muito impressionado.
“Ele é um bom boxeador; em todo o resto, ele não mostrou muito”, disse o brasileiro, que recentemente se tornou um dos treinadores da American Top Team, “É meio fácil se preparar para um cara como ele - respeito seu poder, respeito o que ele fez, mas também tenho poder de nocaute e não tenho apenas as mãos. Tenho muitas armas que posso usar contra ele”.
“O melhor cara que ele enfrentou - Alan Jouban - bagunçou ele; derrubou ele com uma esquerda, e o cara nem é canhoto”, continuou, “Não sei quem está mentindo para ele, dizendo todas essas histórias para ele, mas novamente, não é meu trabalho me preocupar com o que ele fala ou faz - é ir lá e dar uma surra nele e é para isso que estou preparado, é isso que vamos fazer”.
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